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O QUE É O CLN?
HISTÓRIA

O Cursinho Livre da Norte (CLN) se insere dentro de uma longa trajetória de cursinhos populares, comunitários e, também, da mais recente trajetória dos cursinhos ditos “livres”. O primeiro cursinho livre surge na Lapa a partir do encontro de alguns militantes do espaço autônomo Casa Mafalda e companheiras/os do bachillerato popular da Argentina. Se inspirando nas/os companheiras/os da Argentina e nas experiências históricas da educação anarquista (Escuela Moderna de Francisco Ferrer y Guardia), nasce o Cursinho Livre da Lapa (CLL) em 2015.

No mesmo ano, explodem por toda São Paulo, e depois em todo Brasil, as ocupações das escolas públicas contra a reforma do Ensino Médio do (des)governador Geraldo Alckmin. A partir dessas mobilizações, um grupo de estudantes secundaristas e educadores/as fundam o Cursinho Livre da Sul – Ariba lxs que luchan (CLS-ALL), seguindo princípios muito próximos do CLL.

No fim do ano de 2015, alguns educadores/as do CLL e militantes do espaço cultural Mané Garrincha se encontram para discutir a possibilidade de fundarem um outro cursinho livre. Deste econtro, no começo do ano de 2016, surge o Cursinho Livre da Sé (CLS), funcionando no espaço Mané Garrincha.

No meio do ano de 2016, militantes que residiam na zona leste de São Paulo e alguns educadores/as dos outros CLs, resolvem fundar um cursinho livre intensivo para o ENEM, suprindo a necessidade da região. Desta vontade, nasceu o Cursinho Livre da Penha (CLP), porém, esta experiência durou pouco, tendo em vista que funcionava na garangem sedida por alguns companheiros que participavam do projeto e que se mudaram no fim daquele mesmo ano.

No começo do ano de 2017, militantes que residiam na Zona Norte de São Paulo, inspirados em toda essa história e experiências, fundam o CLN e que segue em funcionamento.

NOSSOS PRINCÍPIOS
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AUTONOMIA POLÍTICA, ECONÔMICA E PEDAGÓGICA

Entendemos que os princípios e objetivos do Cursinho são aquilo que torna o CLN independente em relação às ideologias conservadoras e a manobras políticas, assim, não aceitamos submeter os princípios e objetivos do Cursinho a interferências externas do ponto de vista político, pedagógico e econômico.

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ANTICAPITALISMO

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HORIZONTALIDADE

O capitalismo como sistema ideológico, político e econômico busca explorar e dominar a classe trabalhadora reproduzindo as desigualdades. Por isso, nos colocamos contra sua lógica de organização da sociedade e em favor do fortalecimento das lutas anti-sistêmicas, por isso não baseamos nossas ações em relações monetárias nem na lógica da meritocracia.

Buscamos construir relações livres de hierarquia onde as tomadas de decisões sejam feitas pelas pessoas envolvidas no processo, sejam elas estudantes ou professoras/es.

4

VALORIZAÇÃO DOS GRUPOS SOCIALMENTE MARGINALIZADOS

Não aceitamos posturas negativas e discriminatórias, em especial contra mulheres, pessoas negras homossexuais e pessoas trans, e nos comprometemos a valorizar sua história, cultura, saberes e lutas.

CONHECIMENTO CRÍTICO

Acreditamos que o contato com opiniões diversas, desde que elas não violem os princípios do Cursinho, enriquece as discussões e constrói seres humanos mais críticos. Nos comprometemos assim a problematizamos as verdades preestabelecidas tanto no que diz respeito ao conhecimento requerido no vestibular quanto ao papel convencional de educadoras/es em sua relação com estudantes.

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DESCENTRALIZAÇÃO

Acreditamos que o contato com opiniões diversas, desde que elas não violem os princípios do Cursinho, enriquece as discussões e constrói seres humanos mais críticos. Nos comprometemos assim a problematizamos as verdades preestabelecidas tanto no que diz respeito ao conhecimento requerido no vestibular quanto ao papel convencional de educadoras/es em sua relação com estudantes.

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AÇÃO DIRETA

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APOIO MÚTUO

A história nos mostra que as autoridades, sejam elas públicas ou privadas, não tem interesse em nos fornecer uma educação crítica e que dê à classe trabalhadora acesso às universidades, por isso criamos, coletivamente, nossas próprias formas de organização e os meios pedagógicos para garantir esse acesso, sem esperar ações de intermediários ou representantes. Ninguém melhor que a periferia que por tanto tempo foi esquecida para traduzir tão bem isso em poucas palavras: é nóis por nóis.

Pautamos nossas ações na cooperação e na solidariedade entre os indivíduos. O apoio mútuo é antagônico à competição, que é a base da moral capitalista.

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